Traceur ou Palhaço?

Claro, se você treina parkour não tem isso tatuado na testa e nem sai falando aos quatro ventos o que está treinando. Algumas pessoas ao seu redor não tem a menor idéia de que você, que está ali na mesa ao lado, de gravata, fazendo relatórios no Excel, “faz” o chamado “LEPAKU”. E ainda se assustam com essa idéia. Mas porque o susto?
É simples. Culpa da mídia? Que, profana como ela é, transforma nossa força e a arte do deslocamento, em “loucos radicais que pulam de prédios dando mortais”. Algo tão distante das pessoas comuns que sempre iremos ter alguém assustado com o desconhecido. E a primeira reação (a que me deixa mais irritado) é: “Sério? Faz alguma coisa aí!” Eu olhava para um lado para o outro, com um sorriso sem graça e paciência zero. Logo isso se repetiu. E por mais que fizesse algo e ao mesmo tempo explicasse o parkour, as pessoas queriam simplesmente mortais ou apenas rir mesmo. Sendo assim me armei em contra-ataque e disse: “Ei! Pode parar! Não sou bobo-da-corte!” Desde então essa é a resposta mais usada. Ela me defende e defende o Parkour, coisa séria! Não é piada na boca de palhaço. Leve o Parkour a sério e imponha que você seja respeitado na sua individualidade.
Estou esperando a hora de alguém perguntar novamente.
“-Oi. Você faz lepakú? Faz alguma coisa aí!”
“-Desculpe. Faço jiu-jitsu. Quer que eu quebre seu braço?”
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By Fillipe
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